sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Ideologia de Gênero no Programa de Governo de Alexandre Kaliu em Belo Horizonte

O documento Trabalhar para BH Funcionar, apresentado e registrado no Tribunal Regional Eleitoral, é o plano de governo de Alexandre Kalil e Paulo Lamac, candidatos da coligação do Partido Humanista da Solidariedade (PHS) e da Rede Sustentabilidade (REDE) para prefeito e vice prefeito de Belo Horizonte.

No texto, constatamos a inserção da perspectiva ideológica de gênero em dois capítulos - educação e sustentabilidade, minorias e cidadania - e julgamos que está materializada em 4 compromissos.

Não trazemos aqui boatos nem suposições, mas fatos. Consideramos que apresentar informações objetivas não desqualifica a honra dos candidatos, que merecem nosso respeito. Não estamos colocando em questão as pessoas dos candidatos e nem julgando suas intenções.

Recolhemos e apresentamos aqui informações que consideramos relevantes para o eleitor que se importa com a integridade da instituição familiar e se preocupa com o avanço da agenda ideológica de gênero.

1. Na página grafada com o número 29, determina como compromisso para a área de educação “falar mais sobre sexualidade e gênero” nas escolas. Lembre-se que a maior parte das escolas sob responsabilidade municipal são de educação infantil e básica e, portanto, atende crianças. Não se educa no respeito às diferencias impondo uma ideologia e, muito menos, passando acima do direito dos pais de família e do bem maior da criança.




2. Na página 100, estabelece como compromisso na área de sustentabilidade, minorias e cidadania desenvolver “políticas públicas específicas em prol das mulheres negras, com deficiência, idosas e lésbicas”. Os legítimos direitos de todos devem ser reconhecidos e garantidos pelo Estado, isto é um imperativo natural. Mas a orientação sexual das pessoas não é fonte de direitos. Nos perguntamos que tipo de "políticas públicas específicas" orientadas a mulheres lesbianas podem ser propostas que não carreguem a perspectiva ideológica de gênero.

3. Na página 103, traz um apartado específico relativo à “comunidade LGBT” onde os candidatos se comprometem a elaborar um “Plano Municipal de políticas públicas de combate ao preconceito e discriminação em relação à orientação sexual e identidade de gênero”. Evidentemente, impulsionará uma agenda ideológica com recursos públicos.

4. E na página 104, se comprometem a “investir na capacitação dos profissionais da saúde e da psicologia para lidar com o atendimento e a orientação de travestis e transexuais”. Pessoas que se consideram transexuais ou que se travestem têm direito legítimo ao atendimento público de saúde como todos os demais cidadãos, assim como o direito a serem tratados com respeito. E não com algum privilégio ou atendimento diferenciado em função da orientação sexual. Não se pode também impor que os profissionais sejam obrigados, durante o atendimento, a chama-lo pelo nome social nem a trata-lo como mulher quando é homem, ou vice-versa, nas questões de saúde.

5. Também aqui se identifica o compromisso de criar projetos culturais “que promovam debates e conscientizem às comunidades locais sobre temas ligados à igualdade de gênero e questões LGBT”. Este compromisso também orientará recursos públicos à promoção e desenvolvimento de uma agenda ideológica.

Leia o programa de governo na íntegra aqui. E nossa análise completa aqui.

UMA PALAVRA SOBRE o TERMO 'Gênero'

Para a chamada “teoria de gênero”, o termo “gênero” não é, como normalmente se pensa, um sinônimo da palavra ’sexo’. Para entender apropriadamente o que seja “gênero” devemos recorrer aos seus teóricos. Uma de suas mais destacadas exponentes, Judith Butler, professora do Departamento de Retórica e Literatura Comparada na Universidade de Berkeley, em seu livro Gender trouble: feminismo and subversão of identity (1990), afirma:

“O gênero é uma construção cultural; por conseguinte, não é nem resultado casual do sexo nem é tão aparentemente fixo como o sexo […]. Teorizando que o gênero é uma construção radicalmente independente do sexo, o próprio gênero torna-se um artificio livre de vínculos; consequentemente, homem e masculino poderão ser referidos tanto a um corpo feminino como a um masculino; mulher e feminino, seja a um corpo masculino, seja a um feminino”.
                     
Como pode ser visto, claramente a “teoria de gênero” (IG) dissocia três elementos constitutivos da sexualidade humana: o aspecto biológico (para a IG "sexo biológico"), identidade sexual (ou, para a IG, "identidade de gênero"), afetividade (para a IG, orientação sexual). O que é um fenômeno integrado e harmônico - a sexualidade humana - se apresenta como uma realidade desagregada - artificialmente - negando a natural vinculação como elementos constitutivos da sexualidade humana. Por isso, consideramos que se trata de uma perspectiva ideológica.

Ainda, para Butler o “gênero” da pessoa é performativo, ou seja, é determinado pelo que a pessoa faz, por isso não é fixo. Para ela, normalmente nós agimos como se “ser homem ou ser mulher fora uma realidade interna, algo que é uma verdade sobre nós, um fato sobre nós […], mas dizer que o gênero é performativo é dizer que ninguém pertence a um gênero desde sempre”. É a nossa práxis que nos define.

As consequências são muito graves pois dilui a própria base do desenvolvimento da identidade das pessoas e leva à consequente desconstrução da união conjugal, do matrimônio e da família como instituição básica e elemento fundante do tecido social.

Algumas lideranças internacionais, como o Papa Francisco, têm alertado insistentemente sobre isto, e numa recente catequese reafirmou que a “perspectiva de gênero” é “uma guerra global contra o casamento e a família” e um “instrumento de colonização ideológica”.


Fonte: http://www.votopelafamilia.com/

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