sexta-feira, 15 de abril de 2016

PDT e Psol ficam contra o impeachment; PSDB e PHS defendem saída de Dilma

A sessão de discussão do parecer da comissão especial que autoriza a abertura de processo contra a presidente Dilma Rousseff por crime de responsabilidade já ultrapassa quatro horas. A previsão é que o debate só seja encerrado no sábado, quando todos os partidos terão discutido a proposta. Além dos partidos, os líderes também falam nesta sessão.

O líder do PDT, deputado Afonso Motta (PDT-RS), reafirmou que o partido é contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, com posição fechada. Para ele, o processo, baseado em condutas fiscais, fragiliza os chefes de Estado. “Nós estamos abrindo um precedente uma exceção que vai colocar em risco todos os governos posteriores, que vai questionar os governos dos estados federados e dos municípios”, disse.

O deputado Glauber Braga (Psol-RJ), falando pela liderança do partido, afirmou que o PMDB e os partidos da oposição fizeram um “acordão” para blindar o vice-presidente da República, Michel Temer. “Aqui há um acordão que quer por na cúpula de todos os poderes da República o PMDB nacional inclusive com o projeto Ponte para o Futuro”, acusou. Ele reafirmou que Dilma não cometeu crime de responsabilidade e pediu que a Câmara faça uma avaliação racional e não apaixonada do processo.

A favor do impeachment



Já para o deputado Pastor Eurico (PHS-PE), a sociedade está saturada da discussão do impeachment e é a “maior vítima do sistema que aí está”. Eurico disse que Dilma é uma “marionete”, administrada por quem está “sucateando” o País. Ele disse que vai votar a favor do impeachment. “Aconteça o que acontecer no resultado de domingo, todos devem estar pensando no bem do País”, disse.

Pela liderança do PSDB, o deputado Daniel Coelho (PE) rebateu a crítica de que o julgamento da presidente pela Câmara seria baseado em impopularidade e não em crime de responsabilidade. “A primeira Constituição do Brasil já previa como crime de responsabilidade o descumprimento do orçamento votado pelo Congresso Nacional. Somente nas ditaduras não há espaço para discutir os gastos do governo”, disse Coelho.


Fonte: Câmara Notícias

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