quinta-feira, 5 de julho de 2012

Bento XVI ensina como ser um político autenticamente cristão


Leonardo Meira
Da Redação


Fiel primeiro; político depois. Essa é a regra simples indicada por Bento XVI aos participantes da XXIV Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para os Leigos, recebidos em audiência na manhã desta sexta-feira, 21, na Sala do Consistório do Palácio Apostólico Vaticano.
Assembleia discute papel dos católicos na vida política
"A política é um âmbito muito importante do exercício da caridade. [...] Precisamos de políticos autenticamente cristãos, mas acima de tudo de fiéis leigos que sejam testemunhas de Cristo e do Evangelho na comunidade civil e política".


A Plenária do Conselho debate o tema "Testemunhas de Cristo na comunidade política" e acontece em Roma até este sábado, 22.


O Papa deixou claro que a formação técnica dos políticos não faz parte da missão da Igreja e que há várias instituições encarregadas dessa tarefa. 


"A Igreja concentra-se particularmente em educar os discípulos de Cristo, a fim de que sejam sempre mais testemunhas de sua presença, em toda parte", indicou. Nesse sentido, apontou o pertencimento dos cristãos às novas comunidades, associações de fiéis e movimentos eclesiais como uma "boa escola para esses discípulos e testemunhas, sustentados pela riqueza carismática, comunitária, educativa e missionária própria dessas realidades".


O Santo Padre também afirmou que os cristãos "não buscam a hegemonia política ou cultural, mas, em toda a área em que se empenham, são movidos pela certeza de que Cristo é a pedra angular de toda construção humana".


Da mesma forma, lembrou que a contribuição dos cristão somente é determinante se "a inteligência da fé torna-se inteligência da realidade, chave de juízo e transformação. Precisamos de uma verdadeira 'revolução do amor'".




Desafios
Diante dos grandes e complexos problemas afrontados na atualidade, "a questão social torna-se, ao mesmo tempo, questão antropológica", disse Bento XVI.


Isso significa que os acontecimentos do cenário social mais amplo criam situações que incidem cada vez mais sobre a própria condição do ser humano.


"A propagação de um confuso relativismo cultural e de um individualismo utilitarista e hedonista enfraquece a democracia e favorece o domínio dos poderes fortes. É necessário recuperar e revigorar uma autêntica sabedoria política, [...] tendo em conta que a política é também uma arte complexa de equilíbrio entre os ideais e interesses".


Fonte: Canção Nova

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