quinta-feira, 12 de novembro de 2015

‘Mas que rompimento? Não tenho aliança com o PSDB’, rebate Eduardo Cunha

BRASÍLIA — O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rebateu nesta quarta-feira, 11, as manobras do PSDB para que se afaste do comando da Casa. Cunha alega que não houve “rompimento” com os tucanos simplesmente porque nunca houve aliança com eles.  “Se ganhei (a disputa pela Presidência da Câmara) com a maioria dos parlamentares no primeiro turno sem o PSDB e sem o governo, efetivamente algum apoio devo ter (...) Cada um tem o direito de se posicionar como quer. Respeito a posição do PSDB, mas não concordo com ela e pronto.”
Cunha afirma estar trabalhando com a verdade e que não se preocupa em fazer balanço sobre a repercussão de suas recentes declarações: “Não altera uma vírgula na minha rotina a posição do PSDB.”
Quanto ao seu parecer sobre processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, Cunha foi categórico: “O juízo da decisão me pertence. Não tenho prazo determinado para fazê-lo e jamais o farei sob pressão.”
O presidente da Câmara reafirmou, porém, que deverá anunciar parecer ainda este mês.
LEIA A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA DO EDUARDO CUNHA
IMPRENSA — Presidente, sobre o posicionamento do PSDB sobre o senhor no processo de cassação?
EDUARDO CUNHA — Veja bem, o PSDB não me apoiou na minha eleição de presidente. PSDB, aliás, teve um candidato que foi o Júlio Delgado, que está investigado na Lava Jato por ter recebido recursos de um delator, o Ricardo Pessoa, que está em inquérito e tudo, esse foi quem o PSDB apoiou na campanha. Cada um tem o direito de se posicionar como quer, não me cabe comentar, criticar. Não vou tecer comentários. Cada um tem todo o livre arbítrio para se posicionar como quer.
IMPRENSA — Aliados do senhor disseram que o senhor ficou bastante irritado ontem à noite?
EDUARDO CUNHA — Estou irritado? (risos). Sou uma pessoa de bem com a vida, não fico irritado assim tão fácil, não.
IMPRENSA — Mas não desagradou ao senhor essa postura (do PSDB) de chamar a imprensa...
EDUARDO CUNHA — Não, não. Cada um tem o direito de se posicionar isso é da democracia. Eles têm o direito de se posicionar como quiserem. Não tenho que criticar, comentar. Não vou falar nada. Não vou estabelecer crítica. Se eu tiver que criticar cada um que ficar contra mim, também vou ter que aplaudir cada um que ficar ao meu favor. Acho que isso é da política: cada um se posiciona. Tem gente que está meio ao contrário, outros dão declarações a favor, isso é da política. O PSDB não votou em mim na eleição. Vocês têm que entender o seguinte: ganhei no primeiro turno a eleição para presidente da Câmara sem governo e sem o PSDB. Contra o governo e contra o PSDB, essa que é a verdade. Para mim, se eu ganhei com a maioria dos parlamentares no primeiro turno sem o PSDB e sem o governo, efetivamente algum apoio devo ter.
IMPRENSA — Mas ao longo desse ano o PSDB foi um dos partidos que apoiou ao senhor, sem fazer críticas, inclusive...
EDUARDO CUNHA — Não é questão de fazer crítica. O PSDB tratei, como continuarei tratando, com a deferência de um partido relevante que tem uma oposição política, que é o principal contraponto político, no mérito, contra o governo. Tratei com a deferência que tem que tratar e com a igualdade, dei as oportunidades iguais de trato igual. Se o PSDB entendeu que deve ter essa posição, então não vejo por quê. Já tive atritos tão maiores com o PT do que esse que o PSDB está tendo comigo. Acho que isso é normal, cada um tem o direito de se posicionar como quer. Respeito a posição do PSDB, mas não concordo com ela e pronto.
IMPRENSA — Esse posicionamento aproxima o senhor do governo?
EDUARDO CUNHA — Esse posicionamento do PSDB ou de qualquer outro não me aproxima e nem me distancia de ninguém. Vou continuar exatamente da mesma forma que estou atuando. Leia mais aqui

Fonte: PortalEduardoCunha

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