segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Marquês do Paranaguá: exemplo de homem público

No mês de novembro o Congresso Nacional realizou sessão em homenagem ao Marquês do Paranaguá, João Lustosa da Cunha Paranaguá, confira notícia do portal do Senado Federal:
'Marquês de Paranaguá foi um dos maiores políticos
que o Piauí produziu', diz diplomata
Durante a sessão do Congresso Nacional de homenagem ao Marquês de Paranaguá, o sobrinho-trineto do homenageado, diplomata Marcos Henrique Paranaguá, falou sobre a vida e biografia do político e o classificou como uma das maiores biografias públicas que o Piauí já produziu.

Marcos Henrique destacou três pontos da vida de João Lustosa da Cunha Paranaguá, o Marquês de Paranaguá, a seu ver importantes de serem conhecidos pelas novas gerações. Segundo o diplomata, um dos legados mais importantes do Marquês de Paranaguá foi o seu altíssimo sentimento de "compostura e correção", os quais permitiram que, mesmo tendo relação muito próxima com o imperador D. Pedro II, jamais se utilizasse de seu prestígio para obter qualquer promoção pessoal ou benefício próprio.

- Tanto isso é verdade que, o Marquês de Paranaguá somente recebeu o título de Visconde em 1882, já bem depois de ter sido deputado, senador vitalício e ministro de várias pastas. Tendo, inclusive, chefiado o Ministério da Guerra, durante o duro período da Guerra do Paraguai - afirmou.

Marcos Henrique citou ainda como qualidades marcantes do Marquês de Paranaguá a “sua defesa do pragmatismo político, sem prejuízo da honra” e o seu profundo interesse  pelos problemas do Piauí.

Quanto ao compromisso com o Piauí, Marcos Henrique lembrou que foi somente por ação do político, que  patrocinou um projeto de troca de uma região interior do Piauí com uma área litorânea do Ceará, que foi possível ao Piauí contar com uma saída para o mar.

- Portanto, nós piauienses, que vamos veranear em Parnaíba, devemos nos lembrar e agradecer ao Marquês de Paranaguá por ter patrocinado essa permuta que nos deu o litoral - declarou.

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Nota do Blog Monarquia Já:



O Marquês de Paranaguá, João Lustosa da Cunha Paranaguá, foi um grande nobre, magistrado e político brasileiro. Nascido em 21 de agosto de 1821 em Nossa Senhora do Livramento do Paranaguá, João Lustosa da Cunha Paranaguá era filho do Coronel João da Cunha Lustosa e Dona Ignácia Antonia dos Reis Lustosa, sendo, portanto, irmão do Barão de Paraim, José da Cunha Lustosa, e do Barão de Santa Filomena, José Lustosa da Cunha.

Em 1847, casou-se com Maria Amanda Pinheiro de Vasconcelos, filha do Visconde de Monserrate, com quem teve os seguintes filhos: Maria Amanda Lustosa Paranaguá (Baronesa de Loreto), casada com Franklin Américo de Meneses Dória, Barão de Loreto. Faleceu em 15 de agosto de 1931 no Rio de Janeiro;  José Lustosa da Cunha Paranaguá (Conde de Paranaguá), casou-se com Matilde Simonard. Abolicionista, foi presidente das províncias do Amazonas e Santa Catarina, faleceu em 6 de janeiro de 1945;  Joaquim Pinheiro Paranaguá, casou-se com Isabel Whitacker de Oliveira Silva;  Maria Argemira de Paranaguá casou-se com Dr. Serafim Moniz Barreto;  Maria Francisca de Paranaguá (Marquesa de Barral-Montferrat), casou-se com Horace-Dominique Barral, filho de Luísa Margarida Portugal de Barros, Condessa de Barral, preceptora das Princesas Imperiais e amiga da Família Imperial do Brasil;  Ricardo Lustosa da Cunha Paranaguá, médico, nascido em 1864 e falecido em 1897, foi casado com Eulina de Abreu Vidal, nascida em 1874 e falecida em 1962.

João Lustosa da Cunha Paranaguá, foi o segundo Visconde (com grandeza, em 1882) e o segundo Marquês de Paranaguá. Grande do Império, veador de Sua Majestade a Imperatriz, Comendador da Ordem de São Gregório Magno. Era amigo do Imperador Dom Pedro II. Falecido em 9 de fevereiro de 1912, no Rio de Janeiro, seu nome é lembrado com grande satisfação pelos conhecedores da História do Brasil, pois deixou um legado de comprometimento com o bem público e a população, bem como grandes exemplos de homem político do Império. Sua filha, Maria Amanda Lustosa Paranaguá, Baronesa de Loreto por casamento, conhecida na intimidade familiar como Amandinha, foi grande amiga da Princesa Dona Isabel, acompanhando-a pela vida toda, assim como a Baronesa de Muritiba.  Marcus Henrique Paranaguá, diplomata brasileiro, orador nesta memorável sessão do Congresso Nacional, é, como diz a matéria da Casa representativa, sobrinho-trineto do Marquês do Paranaguá, tendo sido também membro da Juventude Monarquista e é atualmente grande amigo da Família Imperial do Brasil. Os laços que mantinham os Paranaguá ligados com a Família Imperial nos áureos tempos monárquicos do Brasil, continuam sendo mantidos até os dias atuais. 


Fonte: Monarquia Já

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