segunda-feira, 27 de abril de 2015

Relembrando a Política do Min. da Agricultura.Vallée foi obrigada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a suspender a produção de vacinas contra a febre aftosa em sua fábrica em Montes Claros (MG)

Responsável por quase metade das vacinas contra o vírus da febre aftosa produzidas no Brasil, a mineira Vallée foi obrigada pelo Ministério da Agricultura a suspender a produção em sua fábrica localizada em Montes Claros (MG) em razão de "não conformidades" com regras de biossegurança em vigor no país. Conforme o Valor apurou, a unidade foi paralisada em meados de janeiro e poderá ficar sem operar por até um ano.

A medida acendeu a luz amarela na cadeia de produção de bovinos. Isso porque, além da Vallée, a Merial, braço veterinário da farmacêutica francesa Sanofi, já não produz vacinas em sua unidade em Paulínia (SP) há mais de dez meses, também devido a "não conformidades" detectadas pelo Ministério da Agricultura. Juntas, Vallée e Merial respondem por 70% da produção brasileira de vacinas contra aftosa.

Em 2014, a meta do ministério era vacinar 167,922 milhões de bovinos e bubalinos na primeira etapa de vacinação, entre abril e maio, e 148,775 milhões de bovinos na segunda etapa, concentrada em novembro. O índice de vacinação ainda não foi divulgado. O rebanho bovino e bubalino do país está estimado em 207,8 milhões. A maior parte dos Estados do país vacina seus animais com até 24 meses duas vezes por ano. Acima dessa idade, a vacinação é feita apenas uma vez por ano. Santa Catarina é o único Estado livre de aftosa sem vacinação no país, segundo status conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Procurado, o Ministério da Agricultura assegurou que, apesar dos problemas, o abastecimento de vacinas está garantido. "Não há risco de desabastecimento de vacina contra a febre aftosa. Existem outras empresas autorizadas a fabricar as vacinas, e o ministério monitora mensalmente os estoques de vacinas disponíveis", informou a Pasta, por meio de sua assessoria da imprensa.

A avaliação é compartilhada por Emílio Salani, diretor de operações do Sindan, entidade que representa a indústria veterinária. Segundo ele, os estoques de segurança monitorados pelo ministério e outras empresas com capacidade ociosa são capazes de atender à demanda da primeira etapa da campanha de vacinação deste ano, entre abril e maio.

Como os estoques não são suficientes para o ano todo, o ritmo de produção das outras companhias que atuam no segmento (Biovet, Ourofino, Innova e Biogénesis-Bagó) será vital para o equilíbrio do mercado caso os problemas com as fábricas paradas perdurem. "[O estoque] não é suficiente para atender novembro", disse Salani, em referência à segunda etapa de vacinação. Ainda assim, ele ressaltou que todas as empresas "associadas ao Sindan têm capacidade acima do volume que tradicionalmente produzem".

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