sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Alberto Goldman: Marina candidata. Uma aventura

Marina Silva é candidata a Presidente da República.  Ajoelhou, vai ter que rezar.  Isto é, vai ter que dizer tudo o que pensa sobre todas as coisas.

Ninguém põe em dúvida a sua integridade moral.  Mas também ninguém tinha dúvidas sobre a integridade de Dilma Rousseff, e o governo dela está sendo um desastre para o país.  É preciso lembrar que a nossa atual presidente tinha ao seu lado um grupo consistente de quadros políticos, alguns que já estavam exercendo o ofício no governo Lula, a despeito da perda provocada pelo mensalão.  Se grande parte desse grupo transformou-se, no exercício do governo, em uma gang, agasalhada por Dilma, de predadores do Estado brasileiro, são outros quinhentos.

Marina começa sem nada.  Sua Rede ainda não nasceu e quando nascer saberemos que bicho será.  O seu hospedeiro é o PSB que não tem quadros, nem nutre grande simpatia por ela.  Ela está só e, no primeiro momento, isso parece uma virtude porque ela não se macula com o lixo político que infesta a vida das instituições do país.  Quer ganhar com esta imagem.  E se ganhar, como vai governar? O sistema democrático brasileiro é constituído de 3 poderes.  Além do Executivo e do Judiciário, temos o Poder Legislativo, eleito pelo voto popular, o que lhe dá legitimidade.  Ele não lhe será nada dócil.

Assim, não basta parecer uma santa, uma imagem da Madre Teresa de Calcutá.  Precisará governar, se vencer, com uma realidade que não lhe será favorável.  Por isso, eleitor, é bom saber como ela o fará.  Eu também quero derrotar a Dilma e tirar essa corja que assumiu o poder, mas tenho responsabilidades como cidadão desse país.  Mergulhar no espaço vazio, sem paraquedas, não!

Fonte: Alberto Goldman

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