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segunda-feira, 7 de abril de 2014
Comunismo, Socialismo, Totalitarismo e Desarmamento Civil
"Breve história do desarmamento, parte 2: controle de armas no mundo comunista – A União Soviética
Desarmamento no mundo comunista: mitos e verdades
Provavelmente toda pessoa favorável ao direito à posse e ao porte de armas de fogo já utilizou como argumento contrário ao desarmamento o fato de que nos países que adotaram governos comunistas ou socialistas, o desarmamento foi amplo, geral e praticamente irrestrito. Tanto para manter o povo sob controle, quanto para ter maior facilidade para eliminar as parcelas indesejáveis da população e enfraquecer toda e qualquer dissidência dentro da sociedade.
De fato, leis extremamente duras sobre o assunto eram comuns nesses países, mas, nem tudo que se costuma dizer sobre o controle de armas é completamente verdade. E controle total sobre armas de fogo é algo praticamente impossível de se conseguir. A realidade é muitas vezes mais engenhosa do que a cabeça de um burocrata em Moscou, Pequim, Havana ou Pyongyang.
A corte do czar vermelho e suas paranoias
Na época da segunda Revolução Russa, de outubro-novembro de 1917, os bolcheviques eram minoritários, mesmo dentro do movimento revolucionário socialista, que já era minoria comparado com a população em geral. Com a vitória dos partidários de Lênin, era extremamente necessário que pessoas que pudessem ser hostis ao movimento comunista, não possuíssem os meios para uma rebelião armada."
"Um atentado mal sucedido contra Lênin, em agosto de 1918, foi o pretexto para a paranoia vermelha disparar. O Conselho Popular do Comissariado – uma espécie de órgão legislativo dos comunistas – ordenou que todas as pistolas, revólveres, rifles e espadas em poder da população fossem entregues ao governo. A pena para quem violasse a lei era de seis meses na prisão, mesmo se não houvesse crime, ou intenção de cometer um. Como numa sociedade comunista algumas pessoas são menos iguais do que outras, membros do Partido Comunista puderam manter as suas armas de fogo. Stalin inclusive tinha uma pistola, que teria sido utilizada pela sua segunda esposa Nádia Aliluyeva, para cometer suicídio, em 1932. Com a vitória vermelha na Guerra Civil (1922), as leis banindo armas foram consolidadas. Quem fosse pego com uma, poderia ser penalizado com trabalhos forçados, além de multa."
"Nesses três casos citados de invasões bem sucedidas por parte da URSS, as populações não tiveram condições de criar um efetivo movimento de resistência e guerrilha pela falta de armas. Após a vitória dos aliados no teatro europeu da Segunda Guerra, esses territórios caíram na esfera de influência dos soviéticos. E uma das primeiras medidas dos governantes comunistas foi banir armas na mão do povo, em todos os países atrás da cortina de ferro. Se alemães orientais, húngaros e tchecos não estivessem completamente desarmados, talvez a queda do Império vermelho tivesse acontecido bem antes.
O fracasso econômico da experiência socialista, e o clima geral de desencantamento das populações com o comunismo, fez com que um a um, todos os regimes do Pacto de Varsóvia caíssem. Tudo isso poderia ter demorado muito mais, não fosse a resistência criada por um punhado de afegãos armados."
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Fonte: Defesa.org
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