“Liga nacional para a democracia”, o partido da líder e Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, receberam mais de 90% dos votos nas eleições realizadas em 8 de novembro em Mianmar, ganhando pelo menos 78 cadeiras das 88 no Parlamento. Mervyn Thomas, diretor da Ong “Christian Solidarity Worldwide” (CSW), que acompanhou de perto os eventos, numa nota enviada à Fides observa: “É um resultado realmente importante e histórico não obstante as eleições não tenham sido livres e justas, pois milhares de cidadãos foram privados dos direitos civis e em alguns lugares, os candidatos da Liga sofreram ameaças e pressões”. A Constituição limita o poder do governo, mas “a população de Mianmar se expressou por uma mudança forte e clara”, prossegue. No entanto, o partido dos militares admitiu oficialmente a derrota.
Todavia, algumas cláusulas na Constituição impedem que Aung San Suu Kyi se torne presidente, e garantem aos militares 25% das cadeiras no Parlamento, concedendo-lhes também o controle sobre a nomeação de vários ministros, como os do interior e das relações exteriores. O partido de Aung San Suu Kyi deve enfrentar no Parlamento o desafio de tentar eleger um presidente. “Há muitas questões urgentes, como a paz e a reconciliação nacional. É preciso agora permanecer alertas e continuar a trabalhar e rezar pelas mudanças que o povo de Mianmar deseja tão fortemente” conclui a nota do CSW.
Fonte: Mundo e Missão
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