Uma das grandes belezas da política está no fato de que quase todos os resultados obtidos resultam de escolhas. Mas também é muito belo notar que a política nos demonstra que, à medida que temos maturidade no “jogo” e nos eventos relacionados a ele, temos percepções cada vez mais diferentes, adquirindo capacidade de visualizar coisas que não havíamos visto antes.
Por exemplo, em relação à delação da Odebrecht havia muita gente de direita acreditando que isso iria “danificar todos os partidos”. Agora estamos observando que a expectativa, mais uma vez, era ingênua.
Não estou querendo dizer que Janaína Paschoal esteja entre estes ingênuos, mas responder a uma questão feita por ela no Twitter nos ajuda a responder aos ingênuos. Ela questionou: “Na nossa denúncia, pedindo o impeachment, mostramos a íntima relação entre Lula-Dilma-Marcelo Odebrecht. Onde estão as outras delações?”.
As outras delações estão por vir e seguirão o padrão desta que vimos: blindagem ao PT junto a denúncias lançadas contra adversários do partido, talvez algumas até em demasia. Mas por que isso? Por que a Odebrecht não é apenas uma empreiteira comprometida com a corrupção, mas com um projeto de poder totalitário que se ampara na corrupção. Logo, a corrupção neste caso ocorre em escala muito maior. A direita precisa começar a aprender a diferenciar os dois modelos de atuação, pois o segundo possui gravidade muito maior. Há uma diferença entre alguém que apenas rouba o teu país para alguém que rouba o Brasil a ponto de transformá-lo numa Venezuela, para, aí sim, roubar ainda mais e de modo monopolista.
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Fonte: Ceticismo Político
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