A Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 9, nº 101, de fevereiro de 2014 - periódico da Biblioteca Nacional (órgão criado e estruturado pela Monarquia e administrado atualmente pela república) - na sessão Almanaque, página 85, cita:
"O bolso furado do imperador
Em tempos de escolher governantes, é bom estar atento às relações que os homens públicos mantêm com o dinheiro do povo. Um exemplo a ser lembrado é o de D. Pedro II. O imperador esteve no trono brasileiro por quase 50 anos, e nunca aceitou aumento na sua dotação, isto é, o salário. Pouco depois de ser coroado, ainda com 14 anos, tratou de extinguir cargos públicos que considerava inúteis (por exemplo, a Guarda Imperial, depois recriada, já na República, com o nome de Dragões da Independência). Além de pagar do próprio bolso estudos de brasileiros no exterior - que foram estudar arte, medicina e engenharia, com a condição de retornar ao Brasil e aplicar aqui seus conhecimentos - doava recorrentemente parte do salário a obras de caridade (ou para gastos de guerra). Pagava também viagens pelo país, e fazia empréstimos para viajar para o exterior. Quando morreu, exilado, em 1891, não havia amealhado fortuna. Ao contrário, deixou dívidas.
Em D. Pedro II, de José Murilo de Carvalho"
Fonte: Monarquia Já
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