sexta-feira, 28 de março de 2014

Oposição quer leitura de requerimento da CPI da Petrobras na terça-feira


Em entrevistas nesta quinta-feira (27), os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disseram esperar que o pedido de criação da CPI da Petrobras seja lido pela Mesa do Senado na sessão deliberativa de terça-feira (1º). Pela manhã, a oposição apresentou documento com 28 assinaturas a favor da CPI, uma a mais que o mínimo exigido.

Randolfe lembrou que a leitura, em momento a ser decidido pela Mesa, só pode ocorrer em sessão deliberativa, por isso a expectativa de que a formalização aconteça na terça. Ele e Aécio criticaram a possibilidade de o governo convencer senadores a retirar assinaturas do requerimento.

– É inaceitável que haja qualquer tipo de pressão sobre os parlamentares que assinaram o pedido de CPI. Eu não acredito que qualquer um dos signatários possa se submeter a chantagem. É uma ameaça, um ataque, uma violência inaceitável à integridade do Congresso Nacional – disse Aécio.
Para Randolfe, embora legal, a retirada de assinaturas não seria moral nem republicana.
- O moral e republicano seria ficar à disposição de todos os mecanismos de investigação – afirmou Randolfe.

'Inevitável'
Os dois senadores disseram que a instalação da CPI já é inevitável e ressaltaram a possibilidade de uma CPI mista – a oposição na Câmara ainda tenta obter as 171 assinaturas necessárias naquela Casa. Eles também pediram bom senso ao governo para que a oposição tenha direito ou à presidência ou à relatoria da CPI.

Para os dois senadores, a investigação da Petrobras é um desejo da sociedade brasileira.
– O foco é saber como está sendo administrada a principal empresa brasileira e por que a principal empresa brasileira deixou de ser uma das principais empresas da América Latina – assinalou Randolfe.
Aécio voltou a afirmar que as denúncias “são extremamente graves”.
– Os casos Pasadena e Abreu e Lima precisam ser investigados. Queremos investigações e a punição exemplar dos responsáveis – apontou Aécio.

Fonte: Agência Senado

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