terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

IV Cúpula da CELAC, Santos, FARC e Maduro

ESCRITO POR GRAÇA SALGUEIRO | 03 FEVEREIRO 2016


Entre os dias 27 e 28 de janeiro celebrou-se a IV Cúpula da CELAC em Mitad del Mundo, no Equador, cidade que leva esse nome por ficar no marco zero da linha do Equador que divide os hemisférios norte e sul. Seu anfitrião, o presidente Rafael Correa, abriu a sessão no prédio da UNASUR que leva o nome do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, fazendo menção às memórias deste e de Hugo Chávez da Venezuela. A presidência pró tempore foi entregue por Correa ao presidente da República Dominicana, Danilo Medina.

Como nesses encontros de incontáveis siglas criadas para dar apoio e reforçar o plano estratégico do Foro de São Paulo, dos 33 países membros apenas 22 participaram. Na II Cúpula, ocorrida no Chile, Cuba foi a grande estrela do evento, talvez porque já se impulsionava o reatamento de relações diplomáticas com os Estados Unidos mas este ano não foi mencionado o nome de qualquer representante da ilha-prisão. Os temas citados como pontos de discussão foram: trabalho, ciência, tecnologia, desenvolvimento e mudança climática, entretanto, o que estava em questão mesmo era o apoio irrestrito ao tal “acordo de paz” entre Santos e o bando terrorista FARC, além do respaldo à ditadura venezuelana.

O tempo fechou-se quando a vice-presidente argentina, Gabriela Michetti, mencionou a preocupação do seu país e especialmente do presidente Macri (que não pôde ir em decorrência de restrições médicas) quanto à situação dos presos-políticos venezuelanos, uma vez que, atualmente, a Argentina tornou-se um peixe fora d’água nesses encontros. Mais cedo Michetti mencionou a possibilidade, já em estudo, da extradição do terrorista chileno da FPMR Galvarino Apablaza que vive em Buenos Aires na qualidade de “refugiado político”, que responde em seu país pelo assassinato de um senador em 1991, do mesmo modo como o Brasil concedeu status de “refugiado político ao terrorista das FARC “Oliverio Medina".

O traidor presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pavoneava-se como se fosse a cereja do bolo, pois além de contar com o apoio da quase unanimidade da CELAC ao seu intento de entregar o país às FARC, a ONU criou uma resolução instituindo uma “missão especial” para avaliar o “cessar fogo bilateral definitivo” e o abandono das armas, coisa que as FARC sempre anunciaram que não vão cumprir. Ele afirmou que “a resolução saiu nos termos em que pedimos, exatamente como se acordou na Mesa de Conversações”, quer dizer: conforme a vontade dos terroristas, uma vez que os representantes do Governo estão lá como convidados de pedra que não abrem a boca a não ser para dizer “sim senhor” às FARC. Ainda segundo Santos, as despesas e segurança dos membros dessa missão, que será durante um ano, correrão totalmente por conta do governo colombiano, isto é, pelos contribuintes que bancam a traição à revelia.

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Fonte: MSM

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