terça-feira, 18 de setembro de 2012

Lord Monckton: “desenvolvimento sustentável” é anti-desenvolvimento encapuçado

Terceiro Visconde Monckton de Brenchley, Lord Christopher Monckton expõe com base em verdades científicas as falácias do movimento ambientalista, que usa do pânico no chamado “desenvolvimento sustentável” para conduzir ao estatismo socialista

Ele é conselheiro-chefe de política do Instituto de Ciências e Políticas Públicas de Londres. Escreveu para diversos jornais de Londres e foi conselheiro político da primeira-ministra Margaret Thatcher até 1986.

Hoje Lord Monckton dirige sua própria empresa de consultoria, dando aconselhamento técnico a corporações e governos.

Nos últimos anos, Lord Monckton tem figurado no noticiário devido a suas denúncias da falácio do « aquecimento global ». Em fevereiro de 2007, ele publicou uma análise e um sumário do Quarto Relatório de Avaliação do IPCC sobre mudança climática.

Concedeu a presente entrevista durante a conferência Rio+20.
* * *

Catolicismo — Quais são suas esperanças e temores em relação à Conferência Rio+20?

Lord Monckton — Minha principal dificuldade com essas conferências é que na realidade estamos em presença de uma burocracia governamental predatória, gananciosa, que suga de novas maneiras os contribuintes.

Seus componentes pensavam ter descoberto a fórmula mágica com o aquecimento global, até constatarem que um pequeno grupo de cientistas, mas decidido, conseguiu demonstrar que eles tinham largamente exagerado.

E agora a vasta maioria da população mundial é francamente cética quanto às alegações extremas e absurdas de que o nível do mar subirá até 20 pés e a temperatura subirá de 3º Celsius nos próximos 100 anos.

Ninguém acredita mais nessas coisas como antes, e a ONU simplesmente mudou a abordagem de “mudança climática” para o assim chamado “desenvolvimento sustentável”, que é na prática uma insustentável ausência de desenvolvimento e a derrocada do capitalismo, embora a ONU espere que os capitalistas continuem pagando as contas dela.


Rio+20: há um segredo que visa um governo mundial guiado por uma doutrina não confessada
A ONU é uma instituição corrupta. Pela primeira vez nesta Conferência, na série de exposições a que tenho assistido, ela me registrou, e a outros como eu, como delegado oficial de organização não-governamental, mas negou-nos acesso à sessão plenária, bem como à última versão do texto das negociações.

Seus organizadores estavam visivelmente temerosos de que, se víssemos o que eles queriam fazer, iríamos divulgá-lo, como o fizemos frequentemente e com muito sucesso no passado; e então fizeram de tudo para evitar que nós ou outros nos inteirássemos do que estava acontecendo.

Portanto, em que pese sua fachada de transparência, na realidade o que há é uma extrema impenetrabilidade e segredo.

Isso indica a existência de uma tentativa da ONU de se tornar efetivamente uma espécie de governo mundial. 



Em maio do ano passado, Ban Ki-moon, seu secretário-geral, reuniu-se com os assessores para discutir meios de minar as soberanias nacionais, para que a ONU pudesse começar a exercer em maior escala uma soberania global com poder de governo. Este é o objetivo.

É claro que a grande mídia não vai falar disso, mas esta é a agenda da ONU, que ficou muito clara no projeto do Tratado de Copenhague de 15 de setembro de 2009.

O projeto fracassou. Mas no ano seguinte, em Cancún, a ONU introduziu muitas medidas que haviam sido barradas em Copenhague, inclusive o estabelecimento de milhares de novas burocracias — não de burocratas, mas de burocracias — destinadas a constituir os núcleos do que deveria efetivamente tornar-se um governo mundial.

A finalidade desse processo aqui é avançar aquele objetivo primordial. Agora, nas 182 páginas do projeto do Tratado de Copenhague, que era um projeto de governo mundial (e de fato, no tratado a palavra “governo” foi usada naquele contexto; não estou inventando, foram seus signatários que o afirmaram), em nenhum momento, nenhuma daquelas 182 páginas menciona democracia, urnas, eleições ou votos.

O projeto era, e continua a ser, uma ditadura que se perpetua através da classe burocrática e governante. É isso o que mais temo.

A Conferência de Copenhague tentou mas não conseguiu.
Porém, o sonho utópico neo-marxista continua sendo acalentado

Catolicismo — Tornou-se famoso o seu desafio a Al Gore, feito há alguns anos atrás, convidando-o para um debate público sobre o aquecimento global provocado pelo homem. Houve algum desdobramento? O que aconteceu?

Lord Monckton — O desafio foi entregue pessoalmente, in vellum, na sua enorme mansão em Tennessee (EUA), em março de 2007. 





Transcorreram desde então mais de cinco anos. E ainda estamos esperando resposta. Não admira que, transcorrido tanto tempo desde que fiz o desafio, eu esteja esperando sentado.

É claro que Al Gore sabe perfeitamente que não ousaria debater este tema com ninguém. Ele exige que nenhum jornalista ou participante em qualquer de suas reuniões pergunte algo que não esteja previsto por escrito, porque necessariamente não saberia responder.

Ele fica apavorado com a ideia de um debate. Mas o desafio continua em aberto.

Como diz o ditado: “Você pode correr, mas não se esconder, e estou chegando para apanhá-lo!”.



Fonte: Verde, a cor nova do Comunismo

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