O senador Roger Pinto Molina entrou na embaixada do Brasil em La Paz no em maio de 2012. Onze dias depois, conseguiu asilo político do governo brasileiro. Mas como o governo boliviano não concedeu salvo-conduto, ele permaneceu na embaixada do Brasil por 455 dias. Só no sábado (25), com ajuda de um diplomata brasileiro, conseguiu deixar a embaixada, cruzou a fronteira do Brasil e está em Brasília.
Repórter: Como foi a decisão de ir para a embaixada do Brasil?
Senador: Eu era chefe da oposição e fiz uma série de denúncias contra o governo de Evo Morales por relações perigosas de funcionários dele com temas de narcotráfico e corrupção. Como chefe da oposição, fui perseguido, ameaçado de morte e chegou em um estágio onde a gente precisava tomar uma decisão pela segurança da minha vida e da minha família.
Repórter: Que tipo de denúncias o senhor fez a Evo Morales?
Senador: Superado esses 455 dias de lamento, sofrimento, eu vou me colocar à disposição das autoridades brasileiras para ratificar aquelas denúncias. Pedi para o presidente Evo Morales para investigar e ele optou, como faz sempre, pelo insulto, pela calúnia, pela desqualificação da oposição.
Repórter: A justiça boliviana acusa o senhor de ter desviado recursos e também de ter tomado decisões que contrariam a constituição boliviana.
Senador: O governo do Evo Morales, ante falta de respostas, ele insulta a oposição. Não vou cair na facilidade de contestar o presidente da mesma forma, com insultos. O que está faltando aqui é resposta.
Fonte: Globonews
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