Evo Morales insiste em criar uma “igreja nacional” de caráter político e ideológico em favor do seu regime
Depois de participar da missa de encerramento da JMJ Rio2013, o presidente da Bolívia, Evo Morales, regressou a seu país com novos brios para reforçar a fundação da denominada “Igreja Católica Apostólica Renovada do Estado Plurinacional”.
O bispo de Oruro, uma das dioceses onde se faz esse experimento, Dom Cristóbal Bialasic, adverte que o governo (de Morales) pretende dividir a fé dos bolivianos com isso que “não é bem uma Igreja, mas sim uma seita”.
“Sejamos sinceros – disse Dom Bialsasic –, é uma seita que se começou a formar e é promovida pelo Estado, nem tanto pelo Estado, mas pelo governo”.
O bispo afirma que é arbitrária a maneira como se quer consolidar esta iniciativa. O próprio Morales em 2008 qualificou a Igreja Católica como um “instrumento de dominação”.
A estratégia do presidente boliviano é similar à medida do – em 1926 – regime perseguidor da Igreja no México, liderado por Plutarco Elías Calles, que nomeou o sacerdote cismático José Joaquín Pérez Budar (Santiago Juxtlahuaca, 16 de agosto de 1851 - Cidade do México, 9 de outubro de 1931) como patriarca da “Igreja católica apostólica mexicana” para substituir a Igreja Católica.
Na Bolívia já se fala da imposição de um “arcebispo primaz”, o ex-sacerdote católico Ariel Ticona, um padre que foi expulso da Igreja Católica por mau comportamento.
Como boa parte das estratégias seguidas por Morales, esta é reflexo de algo que já se fez na Venezuela, no Peru e no Equador: atacar a Igreja Católica.
Em uma ocasião recente, Evo Morales manifestou suas dúvidas de que os roubos de bens da Igreja católica na Bolívia não tinham sido cometidos pelos próprios bispos desse país.
A imprensa boliviana qualificou de “oportunista” a viagem de Evo Morales ao Brasil para participar da missa de encerramento da JMJ. O que ele queria, segundo a imprensa, eram fotos com o Papa Francisco, que ele considera um partidário da teologia da libertação.
“São atitudes lamentáveis”, considera Dom Bialasic. “É uma invenção do governo. Dá pena porque muita gente vai se deixar levar por esse engano”, afirmou.
A “Igreja Católica Apostólica Renovada do Estado Plurinacional” está completamente alinhada com o regime político, que tenta impor um novo culto oficial no país.
Fonte: Aleteia
Nenhum comentário:
Postar um comentário