Horas antes de o Supremo Tribunal do Paquistão decidir se confirma ou não a pena de morte a Asia Bibi, um grupo de deputados portugueses enviou ontem um “apelo urgente” ao presidente da República do Paquistão no sentido da “libertação” desta cristã acusada do crime de blasfémia.
O apelo, enviado pelo “Grupo Parlamentar de Solidariedade com os Cristãos Perseguidos no Mundo”, foi dirigido através de uma carta onde se faz referência à “acusação absurda” e “injusta condenação à morte” de Asia Bibi.
Na missiva, os deputados escrevem que “o nosso apelo é para que Asia Bibi seja finalmente libertada e restituída, em segurança, a seus filhos e família, pondo-se termo à perseguição de que, como cristã, tem sido objecto por parte de grupos e correntes extremistas, estando presa há mais de 2.200 dias sob a acusação de blasfémia”.
Na carta, assinada por José Ribeiro e Castro, principal responsável por este “grupo parlamentar”, afirma-se ainda que os deputados portugueses manifestam plena confiança na “justiça e no sentido humanitário das autoridades paquistanesas”.
O caso de Asia Bibi, recorde-se, remonta a 2009 quando esta cristã foi acusada de blasfémia por ter bebido um copo de água de um poço, tendo-o “conspurcado”.
O envio desta carta dos deputados portugueses ocorreu no mesmo dia em que dois irmãos paquistaneses foram acusados de blasfémia e encontram-se detidos em Lahore, arriscando, também eles, a pena de morte.
Amoon e Aybe Qaisa foram acusados de possuírem “material desrespeitoso” para como Islão nos seus computadores pessoais.
Estes factos remontam a 2010 e obrigaram já os dois irmãos a refugiarem-se no estrangeiro, nomeadamente em Singapura e na Tailândia.
Agora, depois de terem regressado ao Paquistão, foram detidos pelas autoridades. Ambos são casados e têm filhos.
Fonte: AIS
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