De todos os investigados da Lava Jato com foro privilegiado, Eduardo Cunha é o mais encrencado. Foi o primeiro a virar réu no STF. Em decisão unânime, os ministros do Supremo suspenderam-no do exercício do mandato e da presidência da Câmara. Nesta quarta-feira, Cunha desceu ao banco dos réus pela segunda vez. O rigor é justificável. As traficâncias do personagem são tão evidentes que só um cego olharia duas vezes. O que não se compreende é a letargia do Supremo em relação a outros acusados, sobretudo Renan Calheiros.
A Lava Jato começou a operar há dois anos e três meses. A operação rendeu a Renan, por ora, nove inquéritos. Mas a Procuradoria da República ainda não converteu nenhum deles em denúncia. O que intriga é a incapacidade do STF de julgar um processo sobre Renan que é anterior ao escândalo da Petrobras.
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Fonte: Blog do Josias de Souza
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