quarta-feira, 16 de março de 2016

Como a revolução comuno-ambientalista está destruindo o Brasil e até os próprios índios

Catolicismo —  Como vem sendo a atuação do Conselho Indígena de Roraima (CIR) lá na Raposa/Serra do Sol?

Silvestre — O CIR sempre atuou, mas para desmoronar. Os cabeças da entidade estão todos empregados na Secretaria do Índio, do INCRA, com bons salários, eles sempre viveram assim, sempre viveram por trás da população indígena que está lá sofrendo.

Catolicismo — Essa Secretaria do Índio é do Governo do Estado ou do Governo Federal?

Silvestre —  É do Governo do Estado, embora não seja da competência dele. O estado vem se obrigando a fazer coisas que seriam da competência do Governo Federal. A Secretaria do Índio ajuda um aqui, outro ali, porque não dá pra ajudar todo mundo.

No caso da energia elétrica, numa recente entrevista eu até citei o senador Romero Jucá.

Ele vai à televisão e fala assim: “A luz para todos em Roraima está consumada, a luz para todos atingiu todo mundo em Roraima”. Apesar de dizer “energia para todos”, a 100 km daqui, no Boqueirão, onde eu morei, eles negociaram para a luz passar dentro de Guri e descer 15 km com a rede, pois hoje estão lá 19 pais de família sem energia.

A luz foi colocada só no centro da comunidade e o resto ficou sem nada. Eles estão falando que vão colocar.

Catolicismo — E na Raposa/Serra do Sol, não tem energia?

Silvestre — Alguns têm, porque o governo deu um motor de luz pra eles lá. Ou aqueles que têm uma condiçãozinha para comprar um motorzinho. Mas os outros estão lá sem energia! É brincadeira...

Fazenda de produção de arroz demolida após expulsão dos fazendeiros de Raposa Serra do Sol.
Fazenda de produção de arroz demolida
após expulsão dos fazendeiros de Raposa Serra do Sol.



Catolicismo — Para a Raposa/Serra do Sol não vai energia?

Silvestre — Para lá não vai.E temos lá uma grande cachoeira possibilitando a construção de uma hidrelétrica para abastecer Roraima e outros estados, até outros países, mas a luz aqui vem da Venezuela.

Pode parecer que eu estou mentindo, mas vá lá para ver... Se fizerem a hidrelétrica ali, vai ser a vida para as comunidades indígenas, vai gerar dinheiro, vai gerar luz, vai gerar tudo de bom para aquelas comunidades.

Eu me lembro de um ex-governador que já se foi. Ele dizia: “O desenvolvimento do Estado e do País chama-se estrada e energia”.

As terras eram plantadas com arroz, do Genor Faccio, do Paulo César Quartiero, daqueles arrozeiros todos que foram retirados de lá.

Num dia desses o Dr. Juiz Hélder Girão Barreto me perguntou: “Silvestre, me diga uma coisa, como é que está a Raposa/Serra do Sol?”.

Eu respondi: “Está abandonado, doutor.”

Aí ele disse: “A gente sabia. Eu estou fora disso agora.”

Ele disse desse jeito pra mim! Mas na época ele foi a favor da demarcação... Hoje o índio deveria estar plantando, colhendo, ganhando dinheiro e abastecendo o Estado.

Fonte: http://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com.br/2016/03/como-revolucao-comuno-ambientalista.html

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