Com o país mergulhado em uma crise sem precedentes, impactando diretamente os caixas das prefeituras, a estratégia de lançar candidaturas para o Executivo não tem atraído os parlamentares de Minas neste ano.
A sete meses das eleições municipais, dos 77 deputados estaduais, somente 16 estudam entrar na disputa eleitoral para prefeito. No ano passado, o número de postulantes era de pelo menos 25.
Além do turbilhão político, impulsionado pelo avanço da “Lava Jato”, outro fator para explicar a falta de interesse dos deputados pelas eleições municipais é a modificação das regras do jogo com a aprovação da minirreforma eleitoral de 2015.
Pela primeira vez, foi vetado o financiamento empresarial e reduzido drasticamente o tempo de campanha. Na prática, isso significa que as campanhas serão financiadas exclusivamente por doações de pessoas físicas e pelos recursos do fundo partidário.
Com a reforma, o tempo da campanha eleitoral passou de 90 para 45 dias, com início em 16 de agosto. O período de propaganda dos candidatos no rádio e na TV também foi diminuído de 45 para 35 dias, com início em 26 de agosto.
Desgaste
Para o advogado Ronaldo Garcia Dias, especialista em Direito Criminal e Eleitoral, o desgaste da classe política é o principal motivo para explicar o desinteresse dos parlamentares.
“Existe hoje um descrédito generalizado com os políticos. E isso é muito ruim para a democracia. Os candidatos estão com medo de enfrentar o eleitorado. E entre aqueles que já têm mandato, como é o caso dos deputados, o que se vê é um movimento de manutenção do cargo”, avaliou.
Fonte: HojeemDia
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