Vi - e não fui só eu! - com bons olhos a reforma ministerial do presidente interino Michel Temer. A extinção dos Ministérios da Cultura e das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, pastas tão ideológicas quanto desnecessárias, foi um forte indício do caminho que será trilhado.
Confesso que meu otimismo em um possível governo Temer começou lá em novembro do ano passado quando soube que o filósofo gaúcho Denis Rosenfield, uma das principais expressões da nova direita, teria se tornando uma espécie de conselheiro intelectual do então vice-presidente, fato esse noticiado meses depois pela imprensa. O Professor Rosenfield é um ferrenho crítico do desarmamentismo e em um de seus artigos afirmou: “O direito à autodefesa é um pilar de uma sociedade livre e democrática. No Brasil, os bandidos continuam a ter acesso livre às armas de fogo e o cidadão fica à mercê dos criminosos".
Mas nem tudo são flores... A nomeação de Raul Jungmann para Ministro da Defesa foi uma enorme decepção e deve ser visto com muita preocupação pelos chamados CAC (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) que dependem diretamente das portarias emitidas pelo Exército. Não me agrada nem um pouco ter à frente desta estratégica pasta, que envolverá diretamente a indústria bélica nacional, alguém que em 2005, pouco antes do referendo realizado onde 64% da população disse NÃO ao desarmamento, alguém que propôs como alternativa ESTATIZAR as indústrias de armas e munições pátrias e fazê-las produzir implementos agrícolas! E por falar em agricultura, não podemos esquecer que Jungmann foi Ministro do Desenvolvimento Agrário, de 1996 a 2002, no governo de Fernando Henrique Cardoso e foi justamente nessa época que o MST se tornou esse mostro que conhecemos hoje. No perfil do novo Ministro - onde estou “democraticamente” bloqueado – já pululam manifestações em favor do direito de defesa do cidadão. A posição dele, neste aspecto é inequívoca e ele não mudará. Fato.
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Fonte: CadaMinuto
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