O novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, descartou a possibilidade de nomeação política para os bancos públicos. Em sua primeira entrevista, para o jornal Bom Dia, Brasil da TV Globo, ele garantiu que o comando das instituições será técnico e deverá passar por seu aval. Meirelles ainda alfinetou as gestões passadas do Ministério da Fazenda, não descartou a CPMF e afirmou que pretende manter o crescimento do gasto em termos nominais e barrar uma alta real (descontada a inflação).
“As nomeações têm que ser técnicas, profissionais. Não serão nomeados profissionais que não passem por um crivo profissional meu. Isso (os bancos) não é instrumento de política.”
Ele ainda explicou que, apesar de perder o status de ministro, o presidente do Banco Central não perderá em autonomia. O governo deve propor uma emenda constitucional garantindo ao comandante do BC todas as condições de trabalho que possui hoje como ministro. Isso incluiria o foro especial, que seria estendido a toda a diretoria. Até que a emenda seja votada, no entanto, o presidente da autoridade monetária continua com o status de ministro.
Medidas
Meirelles evitou falar quais serão as novas medidas. O ministro afirmou que, primeiro, irá fazer um balanço para chegar a um quadro realista das contas públicas. Só então, anunciará as primeiras ações da equipe econômica. Segundo ele, a análise levará “alguns dias”.
“O mais importante nesse momento para o país é que comecemos a dizer a verdade e a sermos claros nas contas públicas. Isto é, primeiro temos que mostrar o que está acontecendo. Fazer um trabalho bastante sério, um levantamento de dados, para que a partir daí, com segurança e clareza, nós anunciemos as medidas necessárias.”
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Fonte: Gazeta do Povo
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