Menos de 12 horas depois de efetuadas as prisões de policiais do Senado, ao menos um deles já começou a delatar ações em benefício de senadores, a maioria alvo da Operação Lava-Jato. Na sexta-feira (21/10) pela manhã, a Polícia Federal desencadeou a Operação Métis, bateu às portas do Congresso Nacional e prendeu quatro integrantes da Polícia do Senado, incluindo o diretor-geral, Pedro Ricardo de Araújo, ligado ao ex-senador José Sarney (PMDB-AP) e ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A suspeita é de que servidores do Legislativo faziam varreduras, em busca de aparelhos de escutas, em endereços funcionais ou particulares de Sarney, de Lobão Filho (PMDB-MA), de Glesi Hoffmann (PT-PR) e de Fernando Collor (PTC-AL). O objetivo era descobrir e eliminar escutas eventualmente instaladas; obstruir a Operação Lava-Jato; e “satisfazer interesses particulares”, de acordo com os investigadores. Ontem, Renan criticou a ação: “As instituições, assim como o Senado, devem guardar os limites de suas atribuições legais”.
Fonte: Correio Brasiliense
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