Por Reinaldo Azevedo
Um absurdo sem paralelo está em curso em Londrina — na verdade, em todo o Estado do Paraná. Mas, nessa cidade, a coisa assumiu dimensão inalcançada. O Conselho Tutelar, um órgão criado para proteger a criança e o adolescente, se transformou num instrumento de luta política a serviço da extrema esquerda. Já explico. Antes, algumas considerações.
Já escrevi aqui alguns textos sobre a situação das escolas públicas no Paraná, invadidas por petistas e outros esquerdistas ainda mais mixurucas. Perto de 600 escolas estão sem aula no Estado. Em cada uma delas, grupelhos de 10, 20 pessoas ocupam a administração e impedem o exercício normal das aulas. Milhões de estudantes pobres são prejudicados. E como é que conseguem se impor à maioria silenciosa? Contam, com frequência, com o apoio de professores militantes, estes ligados à Associação dos Professores do Estado do Paraná, que é também um aparelho do PT. Assim, meia dúzia de tiranetes toma o prédio público, os professores de esquerda dão apoio moral e pronto! Todo mundo fica sem aula. Ah, sim: infelizmente, na média, a cobertura que a imprensa do Paraná faz do caso é lamentável. Há textos que lembram manifestos de grêmio do… PSOL ou do PSTU.
Para lembrar: os invasores, que dizem pertencer a um tal “Ocupa Paraná”, querem que o governo federal retire a MP que reformula o ensino médio e que desista da PEC 241, que institui o teto de gastos. Só isso. Os bacanas estão achando que podem impor a sua vontade ao conjunto dos brasileiros.
Pois bem. Já contei aqui que Renan Santos e Arthur Do Val, do MBL (Movimento Brasil Livre) tentaram entrar em uma das escolas invadidas em Curitiba. Foram espancados por um grupo de menores, insuflados por adultos que nem secundaristas são, presentes à ocupação. Trata-se de militantes políticos. Nesta sexta, Renan e Felipe Barros, este também membro do MBL e vereador eleito em Londrina, tentaram entrar em duas escolas acompanhados de pais de alunos: o Colégio Aplicação e o Colégio Barão de Rio Branco.
Sabem quem os impediu nas duas vezes, determinando o fechamento dos portões? Membros do Conselho Tutelar de Londrina. Isto mesmo!!! Os senhores membros do Conselho Tutelar atuaram como tropa de choque dos invasores e alegaram, prestem atenção!!!, a “soberania da assembleia” dos invasores, que repudiavam a presença dos membros do MBL e dos pais, estes especialmente preocupados com as denúncias de que, no ambiente das invasões, há consumo de drogas. Verdade ou mentira? Se houver, é grave, mas esse não é o ponto.
Essa não é a função do Conselho Tutelar, instituído pela Lei 8.069, o tal Estatuto da Criança e do Adolescente. Suas funções estão estabelecidas nos artigos 131 a 139 do ECA. O Artigo 136 define, no Inciso I, que é tarefa do Conselho:
“Atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII”.
Fonte: Blog Reinaldo Azevedo
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