Por Rodrigo Constantino
Acabei de publicar um texto celebrando o duro golpe que Lula e seu PT sofreram nas urnas neste domingo, o que pode representar quase a morte política da quadrilha disfarçada de “partido”. Mas nem tudo é festa. Ao menos não para os moradores da minha “cidade maravilhosa”. O Rio, para não variar, resolveu envergonhar o país, comprovar uma vez mais como vota mal, como gosta de dar tiro no pé, incapaz de aprender com os próprios erros.
Cheguei a ser sarcástico em minha página do Facebook, como desabafo, e escrevi assim que saiu a pesquisa de boca de urna: “Parabéns a todos os cariocas que rejeitaram o conceito de voto útil e dividiram as chances de quem poderia efetivamente ir para o segundo turno derrotar o bispo da Universal. Vocês demonstraram toda a sua pureza! E agora, como resultado, teremos Crivella ou o socialista Freixo, ao que tudo indica. Carioca é otário?”
Pergunta retórica, eu sei. Carioca se acha malandro, mas acaba sempre dando um jeito de provar que excesso de malandragem é mesmo estupidez. Logo depois da postagem, quando ficou claro que o resultado seria esse mesmo, desabafei uma vez mais, subindo o tom contra meus conterrâneos:
A “cidade maravilhosa” terá de escolher, agora, entre o bispo da Universal que apoiava o PT e o socialista defensor de black blocs (e também do PT). Enquanto isso, SP terá João Dória como prefeito, um empresário de sucesso. Vou mudar o título do meu livro de “Brasileiro é otário?” para “Carioca é otário!”, sem interrogação, com exclamação mesmo. Ao menos vou ver a desgraça de longe…
Não é espírito de porco, mas apenas a constatação de que ter saído do Rio, ainda que temporariamente, foi a decisão acertada. Se o Brasil cansa, como costumo repetir e até virou capítulo do meu livro, o Rio cansa em dobro! É uma turma idiota grande demais, a capital da malandragem, do esquerdismo “descolado”, do endeusamento do estado, dos artistas engajados, dos maconheiros lesados, dos “professores” marxistas. Tudo aquilo que tem no país todo, mas que tem mais ainda no Rio, que encontra solo fértil para se desenvolver por lá.
Um amigo meu resumiu bem a coisa: “O carioca é ingênuo, politicamente infantil. Somando Bolsonaro, Osório, Índio e Carmen, os conservadores são maioria. Foi o que vimos 13/3 na Praia de Copacabana. Só que não sabemos nos articular politicamente. Eles sabem. Concentraram no Freixo, os demais partidos não chegaram a 5%”. Exato: a esquerda foi mais esperta, enquanto os anticomunistas se dividiram e deixaram Marcelo Freixo ir para o segundo turno.
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Fonte: Blog Rodrigo Constantino
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