A Comissão de Prevenção e Combate ao Uso de Crack e Outras Drogas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizou Audiência Pública para debater o enfrentamento do consumo de entorpecentes no Norte de Minas. A reunião foi realizada na Câmara Municipal de Montes Claros.
O público que estava presente na audiência fez questionamentos sobre o assunto. Entre as questões abordadas estavam a implantação de ações contra drogas nas zonas rurais, áreas de esporte e lazer, mais policiamento e, também, medidas de prevenção.
O presidente da Comissão, deputado Vanderlei Miranda (PMDB), destacou que a audiência é fundamental para somar forças no combate às drogas e aos problemas que elas causam. Segundo o deputado, a dependência química é um problema grave e que ainda não há estrutura suficiente para realizar o tratamento de todos aqueles que necessitam, pois é grande a demanda de usuários.
Cláudio Prates (PTB), vice-presidente da Câmara Municipal de Montes Claros, ressaltou que o crack é uma droga muito potente, que leva o seu usuário a cometer atos que estão fora do seu controle. De acordo com o vereador, a "epidemia" do Crack está instalada não só na cidade, mas em todo o país e que debates são fundamentais para encontrar soluções. Cláudio ainda chamou atenção para a audiência que será realizada no dia 27, também na Câmara, para discutir políticas públicas voltadas para a prevenção e enfrentamento do Crack.
O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Franklin de Paula da Silveira, destacou que cerca de 80% dos crimes graves que acontecem na cidade tem relação com drogas. Além disso, o tráfico e o consumo de drogas são problemas que tiveram amplo crescimento nos últimos 15 anos no país. Para o secretário, a audiência é importante para discutir as propostas de criação do espaço destinado ao apoio dos dependentes.
O requerente da audiência, deputado Tadeu Martins Leite (PMDB), também frisou a necessidade de mais estrutura para o tratamento dos dependentes químicos. De acordo com Tadeu, existem em torno de 7 clínicas na região para atender uma demanda de mais de 3.000 pessoas.
O deputado ressaltou, ainda, que as drogas estão ligadas ao crescimento da violência e, desta forma, não é possível acabar com a violência se não houver o combate ao uso de entorpecentes. "Para solucionar este problema, a médio e longo prazo, é preciso que haja prevenção persistente", completou o parlamentar. Tadeu apresentou, ainda, requerimentos que serão votados na ALMG. Entre os requerimentos estão o que solicita a instalação de comunidades terapêuticas na cidade e, também, o que requere que o governo do estado amplie o repasse ao programa Aliança Pela Vida.
Texto: Bianca Machado
Assessoria de Comunicação
Fonte: CMMOC
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