por Olavo Machado Junior
Dentro de 45 dias, mais de 20 milhões de mineiros irão às urnas para escolher prefeitos e vereadores dos 853 municípios do estado. Por algumas razões, este ano os eleitores terão menos tempo para conhecer os candidatos em quem vão votar. A primeira delas é a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir doações de empresas para financiar as campanhas. A segunda é a Operação Lava-Jato, que, além de também inibir eventuais doadores, colocou sob o foco dos eleitores vários partidos acusados de envolvimento com a corrupção.
É neste cenário que o eleitor terá que decidir o seu voto e é bom que se prepare bem para identificar e escolher os melhores candidatos. Afinal, apesar da importância menor que se dá às eleições municipais, quando comparadas com as estaduais e federais – incluindo governadores, senadores e até o presidente da República –, os municípios são a base de tudo. É neles que as pessoas moram e enfrentam seus maiores problemas – nos seus bairros e até nas suas ruas. O presidente da República jamais se preocupará com eles – com o buraco na porta de sua casa, com o ônibus que não chega, com a falta de escola e com a ausência de policiais para garantir sua segurança. Quem cuida disso são os vereadores e o prefeito.
Mas os vereadores e os prefeitos também são os principais cabos eleitorais que trabalham para eleger deputados estaduais, deputados federais, senadores, governadores e o presidente da República. E são estes que tomam decisões que afetam direta e profundamente cada um de nós, tais como aumento de impostos, reforma da Previdência, reforma das leis trabalhistas, taxa de juros, políticas para a saúde, transportes, educação e segurança pública.
A primeira decisão é agora, com a escolha de vereadores e de prefeitos. Em 2018, teremos a segunda etapa, com a eleição dos deputados estaduais, federais, senadores, governadores e o presidente da República. O importante é escolher com consciência para evitar que depois de alguns meses os eleitores nem se lembrem mais dos nomes dos vereadores e do prefeito em quem votaram, ou, se lembrarem, tenham vergonha de dizer os seus nomes.
Tenho dito sempre que os grandes avanços econômicos – que garantem empregos de qualidade para os trabalhadores e riqueza para municípios, estados e o país – são consequência de decisões de grandes líderes políticos. Como governador de Minas, Juscelino Kubitschek construiu estradas, criou a Cemig e, como prefeito de BH, fez a Pampulha, que acaba de conquistar o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, com a beleza das obras de Niemeyer, Portinari e Burle Marx. Como presidente da República, construiu Brasília. Rondon Pacheco trouxe a Fiat para Minas e mudou a história da indústria mineira. Itamar Franco criou o Plano Real.
Por todas essas razões, o Fórum das Entidades Empresariais de Minas Gerais (o fórum engloba as seguintes entidades: AC-Minas, CDL-BH, FCDL, Ciemg, Faemg, Fetcemg, Ocemg, Sebrae-MG, Federaminas, Fecomércio e Fiemg), constituído pelas instituições representativas do setor produtivo mineiro, acompanha com atenção, interesse – e preocupação – as eleições municipais de outubro próximo. Nosso partido são as nossas cidades, e os nossos candidatos, em cada um dos 853 municípios mineiros, serão aqueles que melhor expressarem compromisso com os princípios e valores de uma nova forma de fazer política e que, por seus atos, sejam capazes de conduzir nossas cidades pelos caminhos do desenvolvimento sustentável, com crescimento econômico e avanço social.
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Fonte: Fiemg
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