A investida da presidente Dilma para vender à comunidade internacional a tese de “golpe” não tem surtido efeito. Apesar de declarações nesse sentido à imprensa estrangeira e aos apelos ao Mercosul e Unasul, a presidente não encontrou apoio na comunidade internacional contra o processomosaico que tramita contra ela no Congresso Nacional. Deputados do PSDB acreditam que a legalidade e a constitucionalidade do pedido de impeachment tornam as declarações da petista sem nenhuma credibilidade.
Em viagem aos Estados Unidos no fim da semana passada, Dilma falou em “quebra democrática” ao referir-se ao impeachment e, em entrevista na sexta-feira (22) em Nova Iorque, chegou a sugerir que Mercosul e Unasul avaliassem o processo contra ela. Não adiantou. Apesar da mobilização de países como Venezuela e Bolívia, a União das Nações Sul-Americanas, que se reuniu no fim de semana, não aprovou uma moção de repúdio ao processo de impedimento no Brasil.
Ao falar a repórteres brasileiros, Dilma se descreveu como “uma vítima, uma pessoa injustiçada” e voltou a falar em golpe. Ela afirmou que se “a quebra democrática” se concretizar no país, pedirá que o Mercosul e a Unasul analisem imediatamente o caso. O bloco comercial poderia, segundo ela, acionar a “cláusula democrática”, que prevê a suspensão de um país em caso de ruptura.
O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) afirma que é de conhecimento mundial o que tem acontecido no Brasil. E, em sua avaliação, as nações sabem que o processo de impeachment contra Dilma é legítimo, constitucional, legal, transparente, ocorre dentro do parlamento brasileiro e obedece às regras do jogo democrático. “É por isso que ela não encontrou eco em lugar algum, a não ser nas nações com governos populistas e demagogos como o dela e do Lula”, aponta.
Fonte: PSDB
Nenhum comentário:
Postar um comentário