Há dez meses Luis Rivas não sai de casa porque teme supurar os abcessos em seu abdômen. Na Venezuela, é cada vez mais difícil conseguir tratamento por causa da escassez de medicamentos, que a oposição define como "crise humanitária" e o governo atribui a uma "guerra econômica".
Diagnosticado com a doença de Crohn - o sistema imunológico ataca o aparelho intestinal - não encontra iodo, gaze, água oxigenada ou álcool para limpar as fístulas.
"O mais difícil é o adesivo, não há em nenhuma farmácia", contou à AFP este técnico de informática de 32 anos, presidente da Associação Venezuelana de Doença Inflamatória Intestinal.
A maioria opositora aprovou uma "lei especial para atender a crise humanitária de saúde", mas o presidente Nicolás Maduro a criticou por considerá-la parte de uma estratégia para desprestigiar e desestabilizar seu governo.
Entre os dois grupos, pacientes e familiares, médicos e farmacêuticos lidam com a falta de remédios e insumos médicos e cirúrgicos, agravada pela queda do preço do petróleo, que fornece 96% das divisas com as quais o país importa estes produtos, alimentos e outros itens básicos.
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Fonte: Yahoo
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