Rio de Janeiro - O uso da política fiscal para gerar demanda durante o governo Dilma Rousseff resultou em deterioração das contas públicas e não teve efeito sobre o investimento privado, no sentido de estimular a economia, afirmou nesta segunda-feira, 25, o economista Otaviano Canuto, diretor do Banco Mundial.
Segundo Canuto, usar a política fiscal como estímulo contracíclico somente quando há espaço foi uma das três lições que ficaram após a experiência das políticas econômicas dos países emergentes desde a crise global de 2008.
"Quando não há espaço fiscal e um governo tenta utilizar esse espaço, o efeito tende a ser pífio", disse Canuto, em seminário promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Isso ocorre, segundo o economista, porque quando estímulos fiscais são usados sem espaço, as respostas em termos de taxas de juros e de percepção de insolvência acabam "solapando qualquer resultado".
Fonte: Exame
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