segunda-feira, 18 de julho de 2016

Uma crítica às falas de Leandro Karnal

Encontrei este texto abaixo no Blog do Kleyton Gonçalves umas críticas válidas às falas de Leandro Karnal. Este que se posiciona como um 'isentão', que julga todos (com exceção de Comunistas) como se fosse um Deus. Ele com sua fala mansa, bem vestido, sustentando-se em posições acadêmicas como se tivesse uma visão não enviesada, mas ao mesmo tempo falando afirmações pessoais como se fossem postulados filosóficos. Ele um grande advogado do PT numa crise sem igual no Brasil onde todo e qualquer ser vivente não tem dúvida de quem é o criminoso que ateou fogo no País.



Aleksandr Dugin e Leandro Karnal
Por Kleyton Gonçalves

Utilizei um vídeo do Grigori Rasputín contemporâneo Aleksandr Dugin numa postagem anterior. Este russo meio ocultista e meio cientista político é o conselheiro espiritual de Vladimir Putin e porta-voz esotérico da Nomenklatura que ainda governa aquele grande país. Ele acredita que Rússia e China são as duas grandes autoridades terrestres sobre o globo e fomenta o chamado neo-eurasianismo, um nacional-bolchevismo moderno com ânsia ainda maior de domínio global. Eu poderia definir um novo eurasianismo como um pan-eslavismo moderno, uma busca antiga do povo de gelo por uma identidade totalmente distinta da europeia e com força suficiente para impor-se ao restante do mundo. Mas prefiro ficar, por enquanto, no âmbito do bolchevismo porque não acredito - ao menos até o momento - que esse afã possa ser obtido sem socorro ao totalitarismo que só o comunismo pode fornecer. Mesmo nações avessas ao comunismo talvez cedam a esse "capricho", acaso necessário à realização da grande Nação soviética. Mas isso é assunto para outra postagem, enfim. Por enquanto, fiquemos no xamã.

No vídeo abaixo, vemos como Dugin demonstra conhecer o Brasil e gostar de nós, povo afável, com uma intelectualidade pífia que o bajulou por onde passou, a troco de nada mais a não ser nos tornarmos quintal expansionista dos desígnios "eurasianos". Nunca vi alguém elogiar tanto nossa classe acadêmica como esse barbudão, já que estamos nas últimas posições em qualquer ranking sobre educação. Como não poderia deixar de ser, o guru soviético simpatizou, especialmente, com o meridionalismo do professor André Martin.

Antes de prosseguir nesta postagem, contudo, destaco que não rejeito integralmente tudo o que é dito acerca de eurasianismo e meridionalismo. Acredito que há, sim, por trás do primeiro movimento, um afã semi-oculto de dominação global. Contudo, penso que diversas ideias do eurasianismo e, no âmbito do sul, do meridionalismo poderão nos servir de contrarrevolução cultural, em defesa a uma Nova Era e uma Nova Ordem Mundial que já está em processo avançado de expansão.


Enquanto estrategistas cultos como Aleksandr Dugin avançam em seus projetos de governo mundial, os intelectualoides brasileiros empreendem energia defendendo roubalheira escancarada e dando sermão ao brasileiro médio que fura fila de banco (como se fosse a maioria das pessoas com esta conduta).

O viral do momento, nesta linha, é o discurso pró-roubo governamental do professor Leandro Karnal. São poucos minutos de uma palestra onde constatamos: a mentalidade revolucionária brasileira não tem mais resquício de pudores, nem uma fina camada de verniz. Será que o Leandro Karnal embolsa para essa militância pró-roubo Governo Federal até que os pequenos delitos cotidianos sejam extirpados de nosso costume de gente má-educada por quarenta anos de marxismo cultural, por quarenta anos de incultura disseminada nas escolas e faculdades? Para quem a gente manda currículo no afã de defender o indefensável com sofisma e tergiversação? Tô pensando em entrar nessa militância aparentemente lucrativa, pois não acredito que alguem ingresse nessa parada mórbida a troco de nada, a não ser se sujar gratuitamente.

Por mais forçadamente que você pense: "Ah, ele está apenas querendo dizer que a corrupção está na sociedade, e não na política, apenas", não desce. Ninguém necessita de doutoramento para afirmar a existência de brasileiro mal educado. Ninguém precisa passar dez anos numa faculdade para constatar que colar na prova é feio. O que o professor esquerdista fez, no momento onde mais se critica a corrupção gritante no Poder Público, foi nos admoestar que, enquanto não resolvermos nossas pequenas falhas de caráter, não teremos legitimidade moral para nos queixarmos contra a subtração de bilhões dos cofres públicos. Essencialmente, foi isso, ora. Essa colocação é tão infantil que nem chega a ser falaciosa. Nem o ex-Presidente Lula e suas metáforas ébrias foram tão longe  em tamanha bobageira. Isso é o chamado argumento suicida citado por antigos manuais de retórica. Afinal, Karnal isenta de críticas um governo corrupto que cultua a corrupção como forma de atingir seus meios (projeto de ascenção perpétua, em nome de pretensos avanços sociais demagogos que nos endividam), que incutiu na cabeça do populacho o roubo do bem e normal - e aparelhou bem as Cortes de Direito para isso, onde mensaleiros e empreiteiros mal passam um mês no xilindró - e que cultivou em nosso ensino público a incultura onde garotos não aprendem gramática e, mesmo assim, não podem ser reprovados, tornando-se trombadinhas  que, mais tarde, furarão filas de bancos, usarão atestado médico falso e darão calote no imposto de renda. O Governo intocável de Karnal é o mesmo que prega a subversão a valores tradicionais como honra e respeito à verdade espiritual. A ideologia defendida por Karnal é aquela onde não há verdades, não há certo ou errado, já que tudo não passa de mera dialética.

Além disso, o caro historiador tira os outros por si mesmo. Deduzir que todos os brasileiros que pedem pela saída do Partido dos Trabalhadores são imorais é de uma desonestidade intelectual quase boboca. Deduzir que boa parte da sofredora classe média brasileira (a mesma odiada pela rica Marilena Chauí e seus asseclas) não tem idoneidade moral para gritar xô corrupção é baixaria ética do interlocutor. Falo por mim: jamais furei filas nem utilizei de atestado falso para nada; meu imposto de renda é pago todos os meses direitinho, já que vem descontado no holerite; obedeço à sinalização de trânsito até mesmo pelo resguardo à minha vida e ao meu patrimônio; jogo meu lixo na lixeira. Então quem é você, bem pago pesquisador da Unicamp, para achar que não tenho idoneidade moral no afã da saída do Poder de uma legenda que está me roubando? Cansado dessa turma oportunista.

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