Pequim (RV) - A Assembleia Nacional Popular (ANP) da China aprovou no último dia 27 o fim da política do filho único, ao permitir a todos os casais ter dois descendentes, decisão que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2016.
Os legisladores chineses aprovaram uma emenda à Lei da População e Planeamento Familiar, que permite encerrar mais de três décadas de uma política demográfica restrita no país mais populoso do mundo.
O Parlamento chinês ratificou, no final da sessão bimensal, a decisão aprovada pelo Partido Comunista Chinês (PCC) em 29 de outubro último, quando foi anunciada a medida histórica.
A política do filho único foi aliviada em dezembro de 2013, com a ampliação do número de exceções em que um casal poderia ter um segundo descendente. A medida aprovada agora pressupõe mais um passo nessa tendência.
Em 1979, o regime comunista chinês pôs em prática essa política para reduzir os problemas de superpopulação do país e, desde então, tem havido diferentes períodos de aplicação mais ou menos dura.
Os especialistas estimam que, como consequência dessa política se tenham evitado cerca de 400 milhões de nascimentos na China, que conta atualmente com mais de 1,3 bilhões de habitantes, provocando, paralelamente, um natural envelhecimento da população.
O governo chinês defendeu sempre que restringir a um só filho a descendência dos casais tornou possível o desenvolvimento econômico do país e a saída da pobreza de milhões de pessoas.
No entanto, essa política provocou inúmeros abortos forçados, privou de educação ou saúde os segundos e terceiros filhos e detenções em prisões oficiais para os casais que não cumpriram a lei. (SP)
Fonte: Rádio Vaticana
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