A oposição venezuelana derrotou o chavismo na eleição de ontem e conquistou maioria na Assembleia Nacional, sede unicameral do Legislativo do país. Os resultados divulgados no início da madrugada (horário de Brasília) indicavam que o número de assentos obtidos pela coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD) ficará, na próxima legislatura, em cerca de 99 – faltando definir pequena parte dos assentos no restante da apuração. O governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) ficou com 46 assentos. Os demais assentos ainda estavam por definir no momento do anúncio.
O número confere aos deputados da MUD a maioria absoluta. O comparecimento à eleição chegou a 74,25%, número semelhante ao de uma eleição presidencial.
O primeiro boletim oficial de apuração foi divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) já no início da madrugada em Caracas. Os opositores comemoraram a vitória após horas de tensão provocada pela ampliação do horário de votação. Após a divulgação do boletim, o presidente Nicolás Maduro foi à TV admitir a derrota.
O horário inicialmente previsto para o fim da votação foi adiado das 18h (horário local) até que terminassem todas as filas nas seções onde eleitores ainda esperassem. Pouco após a confirmação do adiamento, líderes do chavismo também foram a público afirmar que os cidadãos que ainda sequer haviam saído de suas casas poderiam ir aos locais de votação e aguardar nas filas.
O secretário-geral da MUD, Jesús “Chuo” Torrealba, reclamou muito da decisão, afirmando que a coalizão apenas exigia o cumprimento das leis. "Vou dizer algo extremamente subversivo nesse país: é preciso cumprir a lei. A lei determina que às 18h se encerrem todas as mesas que não tenham eleitores em fila. E os venezuelanos devemos cumprir e fazer cumprir a lei", afirmou Torrealba. A oposição atribuía o atraso a manobras do chavismo para aumentar seus votos.
Leia mais aqui
Fonte: Istoé
Nenhum comentário:
Postar um comentário