O governo avaliou que a operação da Polícia Federal desta terça-feira (15) intensificou ainda mais a crise política por atingir o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), a cúpula do PMDB e alvejar dois ministros do partido, mas dobrou a aposta no Senado para barrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Embora a preocupação do Palácio do Planalto seja com uma reação do grupo mais próximo ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), interlocutores de Dilma foram avisados, ao longo do dia, de que ele continua aliado e não se juntará a Cunha.
O receio do Planalto e do PT, no entanto, é de que o vice Michel Temer acabe sendo visto como perspectiva de poder, conseguindo atrair apoios no PMDB mais adiante. Para auxiliares de Dilma, o fato de Temer ter convocado para esta Quarta-feira (16) uma reunião da Executiva Nacional do PMDB mostra como é forte a relação dele com Cunha. Temer não comparecerá ao encontro, que tem o objetivo de proibir a filiação de deputados dispostos a reconduzir Leonardo Picciani (RJ) ao comando da bancada na Câmara. Mesmo assim, muitos vão pregar ali o rompimento com o Planalto, que só deve ocorrer em 2016.
Na outra ponta, Renan disse a articuladores políticos do Planalto que não deixará a crise contaminar o Senado. Apesar de a investigação ter chegado até a sede do PMDB de Alagoas - Estado administrado por seu filho - e atingido políticos de sua confiança, como o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, Renan disse ser contra o desembarque do governo.
Fonte: Istoé
Nenhum comentário:
Postar um comentário